A monarquia britânica, atualmente liderada por Charles III, não se limita apenas ao Reino Unido. Ela se estende a 14 países da Commonwealth, também conhecida como Comunidade das Nações. Entre esses países estão Canadá, Austrália, Jamaica e Nova Zelândia.
Todos são independentes, mas escolheram manter a monarquia constitucional como forma de governo, o que significa que possuem parlamentos democráticos, mas ainda reconhecem o monarca britânico como chefe de Estado.
Os países da Commonwealth são representados por governadores e vice-governadores, que atuam como representantes da coroa britânica em seus territórios. Essa estrutura política foi estabelecida pelo Estatuto de Westminster, assinado em 11 de dezembro de 1931, que concedeu independência política aos domínios do Império Britânico, permitindo que cada nação pudesse decidir seu próprio caminho político.
O Estatuto de Westminster e a Independência dos Domínios
O Estatuto de Westminster foi um marco na história da Commonwealth. Ele estabeleceu o status de igualdade entre os domínios independentes do Império Britânico, oferecendo total independência política para os territórios que antes eram colônias inglesas. Essa emenda do Parlamento do Reino Unido permitiu que as nações escolhessem se queriam manter a monarquia ou se tornar repúblicas.
Um exemplo recente dessa escolha é Barbados, que se tornou independente em 1966, mas só deixou de ser uma monarquia constitucional em 2021, quando elegeu Sandra Mason como sua primeira presidente. A decisão de Barbados reflete a possibilidade de mudança que cada país da Commonwealth possui, demonstrando que a monarquia não é imposta, mas sim uma escolha da população.
Qual é o Papel do Monarca Britânico na Commonwealth?
Embora a influência do monarca britânico nos países da Commonwealth seja principalmente simbólica, as tradições e cerimônias associadas à monarquia ainda são levadas a sério por muitos.
Um exemplo disso foi a reação dos senadores australianos ao juramento de Lydia Thorpe, uma senadora de origem indígena, que se referiu à rainha Elizabeth II como colonizadora. O juramento, que exige fidelidade à majestade, destaca a importância das formalidades monárquicas nesses países.