Uma nova fronteira na exploração de petróleo pode estar se abrindo no Brasil. O geofísico e comunicador científico Sérgio Sacani revelou que uma imensa reserva de petróleo foi localizada na Margem Equatorial, região que se estende por áreas costeiras do norte do país.
A descoberta chama atenção por seu porte: estima-se que seja duas vezes maior do que o conhecido pré-sal, considerado até então a principal fonte de petróleo do Brasil.
Essa novidade chega em um momento estratégico para o setor energético brasileiro, já que especialistas projetam o início do declínio da produção do pré-sal a partir de 2027. Isso reforça a necessidade de desenvolver novas fontes que garantam o abastecimento e sustentem a economia nacional nas próximas décadas.
Petrobras aposta forte na Margem Equatorial
A Margem Equatorial se tornou uma prioridade para os próximos ciclos de exploração da Petrobras. A estatal prevê investir cerca de US$ 3,1 bilhões na região entre 2024 e 2028. O objetivo é preparar o país para manter a produção elevada a partir dos anos 2030, de forma alinhada à transição energética e à busca por fontes menos poluentes.
A descoberta pode representar não apenas segurança energética, mas também uma ferramenta importante na estratégia de descarbonização do país. Isso porque os investimentos em petróleo, segundo os planejamentos da empresa, virão acompanhados de tecnologias mais limpas e sustentáveis, reduzindo o impacto ambiental das operações.
Governo e especialistas pressionam por avanços nos estudos
O desenvolvimento da região ainda depende de etapas regulatórias importantes. Jorge Viana, presidente da Apex Brasil, destacou a necessidade de agilidade por parte do Ibama para liberar a realização de estudos exploratórios na Margem Equatorial. A demora nas autorizações ambientais pode atrasar o início da exploração, que já é considerada essencial para o futuro do setor petrolífero nacional.
Além do Amapá, outros estados localizados ao longo da faixa costeira setentrional do país também estão incluídos na área de interesse da Petrobras. A expectativa é de que, com os estudos aprovados e investimentos realizados, essa nova fronteira possa trazer resultados expressivos para a economia brasileira.