Pesquisadores da ETH Zurich, na Suíça, desenvolveram uma técnica inovadora para recuperar ouro de lixo eletrônico usando soro de leite. O método utiliza nanofibrilas proteicas derivadas desse subproduto da indústria de laticínios. Essa solução pode reduzir o impacto ambiental da mineração tradicional.
A pesquisa busca alternativas mais ecológicas e acessíveis para a recuperação de metais preciosos. O uso de resíduos da indústria alimentícia torna esse método ainda mais sustentável, promovendo a reutilização de materiais que antes seriam descartados.
O método utiliza nanofibrilas proteicas derivadas desse subproduto da indústria de laticínios. Essa solução pode reduzir o impacto ambiental da mineração tradicional.
Como funciona a extração com soro de leite
O processo começa com a desnaturação das proteínas do soro sob calor e ácido. Isso forma nanofibrilas que se juntam para criar uma esponja. A esponja porosa é imersa em uma solução contendo metais dissolvidos de placas-mãe de computadores descartadas.
Os íons de ouro são adsorvidos pela esponja e depois reduzidos a partículas sólidas. Em testes, os cientistas recuperaram 450 miligramas de ouro 22 quilates de apenas 20 placas-mãe. O processo usa menos químicos tóxicos do que as métodos tradicionais.
Benefícios ambientais e potencial no Brasil
A técnica tem custo baixo e é mais sustentável do que a mineração de ouro. Evita o uso de cianeto e mercúrio, reduzindo danos ao meio ambiente. O Brasil gera mais de 2 milhões de toneladas de lixo eletrônico por ano, o que torna essa solução viável para a reciclagem e economia circular no país.