O pleonasmo é uma figura de linguagem que reforça a expressividade do discurso ao repetir uma ideia já implícita na frase. Quando usado intencionalmente, pode ser um recurso estilístico eficaz. No entanto, quando ocorre por desconhecimento da língua, é considerado um vício de linguagem e deve ser evitado.
Pleonasmo Como Figura de Linguagem
No contexto literário, o pleonasmo é empregado para dar mais emoção e ênfase ao texto. Também chamado de pleonasmo estilístico, esse recurso aparece com frequência em poesias e músicas, tornando a linguagem mais impactante.
Exemplos de pleonasmo estilístico:
- “E rir meu riso e derramar meu pranto.” (Vinicius de Moraes)
- “Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal.” (Fernando Pessoa)
- “Morrerás morte vil na mão de um forte.” (Gonçalves Dias)
Pleonasmo Vicioso: Quando Evitar
Diferente do uso literário, o pleonasmo vicioso ocorre por descuido ou desconhecimento da gramática. Trata-se de repetições desnecessárias que não acrescentam significado à frase e podem torná-la redundante.
Exemplos de pleonasmo vicioso:
- Subir para cima (o verbo “subir” já indica movimento ascendente).
- Descer para baixo (o verbo “descer” já significa mover-se para baixo).
- Entrar para dentro (o verbo “entrar” já implica ir para dentro).
- Sair para fora (o verbo “sair” já indica movimento para fora).
- Ver com os olhos (o ato de ver já está associado aos olhos).
- Multidão de pessoas (uma multidão é, por definição, formada por pessoas).
Diferença Entre Figuras de Linguagem e Vícios de Linguagem
As figuras de linguagem são ferramentas estilísticas que enriquecem a comunicação, enquanto os vícios de linguagem representam erros que podem prejudicar a clareza da mensagem. Outras formas de vícios de linguagem incluem o barbarismo, solecismo e cacofonia.