Em 2025, Donald Trump apresentou uma proposta de visto chamada “Gold Card”, destinada a atrair estrangeiros ricos para os Estados Unidos. Este visto, que custaria cerca de US$ 5 milhões, seria uma via para a cidadania americana, sem a necessidade de aprovação do Congresso. A ideia é que pessoas com recursos financeiros significativos contribuam para a economia do país por meio de gastos e pagamento de impostos.
O “Gold Card” foi pensado para substituir o atual visto de investidor EB-5, que já permite a estrangeiros obterem residência permanente nos EUA mediante um investimento substancial que gere empregos. No entanto, o novo visto proposto por Trump não especifica a criação de empregos como critério, focando somente na capacidade financeira dos candidatos.
Por que substituir o visto EB-5?
O visto EB-5, criado em 1990, procura atrair investimentos estrangeiros que gerem pelo menos 10 empregos nos EUA. Contudo, Howard Lutnick, Secretário de Comércio de Trump, criticou o programa por ser suscetível a fraudes e ineficiências. O EB-5 é limitado a 10 mil vistos anuais, e os candidatos enfrentam longos tempos de espera para obter a cidadania.
Relatórios do Congresso apontaram riscos de fraude associados ao EB-5, principalmente devido à dificuldade de verificar a origem dos fundos dos investidores. Além disso, o programa tem sido criticado por favorecer indivíduos com capacidade financeira, sem necessariamente trazer benefícios econômicos significativos para o país.
Como funcionam vistos semelhantes em outros países?
Vários países ao redor do mundo oferecem programas de vistos para investidores ricos, semelhantes ao proposto “Gold Card”. Países como Reino Unido, Espanha, Grécia, Malta, Austrália, Canadá e Itália têm esquemas que permitem a residência em troca de investimentos substanciais. No entanto, esses programas enfrentam críticas crescentes.
A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) destacou que tais vistos podem atrair criminosos e autoridades corruptas que buscam lavar dinheiro. Na União Europeia, a Transparência Internacional alertou sobre o uso desses vistos para interesses escusos, levando alguns países a descontinuar seus programas de vistos para investidores.