Recentemente, a descoberta do asteroide 2024 YR4 despertou a atenção da comunidade científica e do público. Identificado pela primeira vez em dezembro de 2024, este corpo celeste tem gerado discussões sobre a possibilidade de um impacto com a Terra. Embora a chance de colisão seja considerada baixa, a Agência Espacial Europeia (ESA) e a NASA estão monitorando de perto sua trajetória.
O asteroide, com um tamanho estimado entre 40 e 100 metros de largura, foi detectado pelo telescópio Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System (Atlas) no Chile.
Qual é o Risco Real do Asteroide 2024 YR4?
De acordo com a ESA, a probabilidade atual de colisão do 2024 YR4 com a Terra é de 2,2% em 22 de dezembro de 2032. Este número representa um aumento em relação à estimativa inicial de 1,2%. No entanto, é importante destacar que essas previsões são dinâmicas e podem mudar à medida que novas observações são realizadas.
Sérgio Sacani Sancevero, geofísico, youtuber, podcaster e divulgador científico brasileiro, afirmou: “Ele não vai acabar com a vida na Terra”, durante o Talk Show. Ele também é apresentador do canal Ciência Sem Fim (Estúdios Flow) e dono do blog Space Today.
Asteroides desse porte são conhecidos por causar danos significativos se atingirem a Terra. Um exemplo histórico é o evento de Tunguska em 1908, quando um asteroide de 30 metros causou destruição em uma vasta área da Sibéria. Outro caso mais recente ocorreu em 2013, em Chelyabinsk, na Rússia, onde um asteroide de 20 metros causou danos a milhares de edifícios e feriu mais de mil pessoas.
Como as Agências Espaciais Estão Respondendo?
Em resposta à potencial ameaça do 2024 YR4, a Rede Internacional de Alerta de Asteroides e o Grupo Consultivo de Planejamento de Missões Espaciais foram ativados. Essas organizações, endossadas pelas Nações Unidas, coordenam esforços para monitorar e caracterizar o asteroide, além de desenvolver estratégias de mitigação, caso necessário.
Entre as possíveis medidas de mitigação estão a deflexão do asteroide, como demonstrado pela NASA em 2022 com o Double Asteroid Redirection Test, ou a evacuação de áreas potencialmente afetadas. No entanto, a prioridade atual é continuar observando o asteroide para reduzir as incertezas sobre sua trajetória.