As fronteiras entre o Brasil e o Uruguai foram definidas oficialmente com base no Tratado de 1851. Este acordo, estabelecido no século XIX, pretendia garantir um entendimento pacífico entre as nações sobre a delimitação territorial. Contudo, desde 1930, o Uruguai começou a questionar em 2024 a validade e a interpretação de alguns termos deste tratado.
Recentemente, a controvérsia em relação a essa fronteira ressurgiu, refletindo o interesse do Uruguai em reivindicar certos territórios. Essas reivindicações se baseiam em interpretações divergentes do acordo original. Aspectos históricos e mudanças ambientais são frequentemente citados nas alegações uruguaias.
Quais são os pontos de disputa entre Brasil e Uruguai?
As áreas em questão incluem o povoado de Tomás Albornoz e a Ilha Brasileira, dois locais que estão atualmente sob administração brasileira, mas são reivindicados pelo Uruguai. O povoado de Tomás Albornoz, situado no município de Santana do Livramento, é um desses pontos de contenda.
Com aproximadamente 100 habitantes, a região é servida por uma escola pública brasileira, enquanto outros serviços essenciais são fornecidos pelo Uruguai, refletindo sua localização contestada.
Outra área de disputa significativa é a Ilha Brasileira, localizada na foz do rio Quaraí. Historicamente habitada até 2011, a ilha agora está desabitada. O Uruguai argumenta que alterações geográficas desde o tratado de 1851 indicariam que a ilha deveria ser reconhecida como parte de seu território.
Qual é a posição atual do Brasil?
Apesar das reivindicações do Uruguai, o Brasil mantém uma postura diplomática e firme em relação à questão. De acordo com declarações do Itamaraty, o Brasil considera que os termos do tratado de 1851 permanecem válidos e que os territórios em questão são, indiscutivelmente, parte do Brasil. A disputa tem sido tratada por meio do diálogo diplomático, sem qualquer escalada para conflitos maiores.
Atualmente, a resolução da disputa ocorre por meio de negociações diplomáticas. O Brasil destaca que a questão não faz parte das discussões bilaterais formais com o Uruguai, reafirmando suas fronteiras conforme os acordos históricos. O diálogo contínuo entre os dois países visa evitar tensões e encontrar um entendimento sobre os territórios contestados.