No domingo dia 2 de fevereiro de 2025, ocorreu a 67.ª cerimônia anual do Grammy, uma das premiações mais importantes da indústria musical.
A categoria de Artista Revelação foi vencida pela cantora Chappell Roan, nome artístico de Kayleigh Rose Amstutz (26 anos). Entre os concorrentes, estavam Sabrina Carpenter, Benson Boone, Doechii, Khruangbin, RAYE, Shaboozey e Teddy Swims.
Chappell é conhecida pelos hits “Good Luck, Babe!” e “Pink Poney Club”, música escolhida para a performance da cantora durante a edição. Ela batalhava por um reconhecimento na música desde a adolescência, e chegou a ser demitida de sua primeira gravadora. Ela usou seus minutos de agradecimento na cerimônia em Los Angeles para pedir às gravadoras que tivessem mais consideração aos seus artistas, reivindicando melhores condições de trabalho.
O que a cantora falou em seu discurso?
As palavras de Chappell impactaram tanto o público presente no evento, composto por grande parte dos maiores nomes da música, como os telespectadores. Suas palavras repercutiram posteriormente em diversas redes sociais.
“Eu disse a mim mesma que, se algum dia ganhasse um Grammy e pudesse estar aqui diante das pessoas mais poderosas da música, eu exigiria que as gravadoras e a indústria, que lucram milhões de dólares com os artistas, oferecessem um salário digno e assistência médica, especialmente para os artistas iniciantes.”, declarou.
“Fui contratada muito jovem, ainda menor de idade. Quando fui dispensada, não tinha nenhuma experiência de trabalho, e como muitas pessoas, tive bastante dificuldade para encontrar um emprego durante a pandemia e não conseguia pagar um plano de saúde”, completou.
Chappell finalizou seu discurso exigindo melhores condições de trabalho.
Como essa realidade afeta o Brasil?
Um caso similar aconteceu no Brasil, com a cantora Anitta. Na ocasião, ela deixou a gravadora Warner Music e passou a trabalhar com a Republic Records (Universal Music Group). Na época, ela aconselhou publicamente que os artistas mais novos tivessem cuidado ao assinar com gravadoras.
Em outro caso recente, Larissa Manoela entrou na justiça por conta de um contrato assinado pelos seus pais em 2012, quando ainda era menor de idade. Na época, com apenas 11 anos, o casal assinou um contrato vitalício com a gravadora Deckdisc.
Larissa alega que não possui acesso aos royalties de suas músicas e o contrato possui um vínculo abusivo, principais motivos de seu descontentamento e desejo de rescisão.