A revogação da Lei Marcial na Coreia do Sul trouxe alívio para os pais de Gabriela Dalcin, catarinense integrante do grupo de K-pop Blackswan. Após horas de incerteza, a família conseguiu entrar em contato com a jovem, confirmando sua segurança. Gabriela mora em Seul desde 2022 e enfrentou, junto com milhões de sul-coreanos, a tensão causada pela medida que restringia direitos civis no país.
Lei Marcial e Suas Consequências
Decretada pelo presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, a Lei Marcial substitui as leis civis por normas militares, impondo censura e limitando liberdades individuais. Segundo Yoon, a medida visava conter supostas ameaças de forças “antiestado” ligadas à Coreia do Norte. A decisão gerou protestos populares e críticas de parlamentares, levando à sua rápida revogação após votação unânime na Assembleia Nacional.
Momento de Preocupação para a Família
O pai de Gabriela, Márcio Dalcin, relatou a apreensão vivida durante a implementação da medida. Ele orientou a filha a permanecer em casa com as colegas do grupo Blackswan enquanto aguardavam mais informações.
Além da segurança pessoal de Gabriela, a família estava preocupada com possíveis impactos no setor de entretenimento, como o cancelamento de shows e eventos. “Foi uma noite longa, mas acredito que a mobilização popular e as instituições sul-coreanas foram fundamentais para restabelecer a normalidade”, afirmou Márcio.
Impactos Políticos e Reações Populares
A revogação da Lei Marcial foi celebrada como uma vitória democrática. Protestos em massa e a rejeição unânime da medida pelos parlamentares demonstraram a força da oposição e da sociedade civil sul-coreana. Apesar disso, a situação política no país permanece instável, com tensões crescentes entre as duas Coreias e descontentamento com a gestão de Yoon Suk-yeol.