Falecido na última semana aos 88 anos, Papa Francisco tinha um profundo interesse em literatura, a qual considerava primordial para a formação humana e espiritual. Romances e poemas figuravam entre as leituras preferidas do Santo Padre.
Confira quais eram os cinco livros preferidos do Papa Francisco:
A Ideia de uma Sociedade Cristã – T.S. Eliot
Este livro aborda a importância da fé cristã em diferentes esferas, como a política e a sociedade. Originada de uma conferência proferida em Cambridge em março de 1939, a obra apresenta a perspectiva de Eliot de que a cultura deveria ser a base para a construção de uma sociedade cristã, cujos valores não se restringem à comunidade religiosa, mas se estendem a outros âmbitos, como a política e o bem-estar coletivo.
Para o lado de Swann – Em busca do Tempo Perdido, vol. 1 – Marcel Proust
Lançado em 1913, este livro é o primeiro volume da obra monumental À procura do Tempo Perdido, que é considerado um marco da literatura. A obra explora questões fundamentais como o tempo, a arte, o amor e a própria natureza da existência.
O Tempo Reencontrado – Em Busca do Tempo Perdido”, vol. 7 – Marcel Proust
O sétimo e último volume da série, publicado em 1927, também fazia parte das obras preferidas do Papa Francisco. Neste livro, Proust explora a sociedade parisiense durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), um dos períodos mais turbulentos da história europeia. O autor entrelaça realidade e imaginação, reforçando a ideia de que a memória tem o poder de reconstruir o passado.
Borges Oral & Sete Noites – Jorge Luis Borges
Nos últimos anos de sua vida, já cego, o autor que o Papa Francisco tanto admirava realizava conferências marcadas por uma combinação de ironia, modéstia e sabedoria. Em Borges Oral (1979) e Sete Noites (1980), Borges reflete sobre o tempo, a poesia e a imortalidade, trazendo referências que vão de figuras clássicas como Sócrates, Pitágoras e Cristo, até filósofos e escritores contemporâneos, incluindo o argentino Macedonio Fernández.
Um Experimento em Crítica Literária – C.S. Lewis
Publicado em 1961, este clássico de Lewis oferece uma análise sobre a crítica literária, propondo uma abordagem centrada nas reações do leitor. Para o autor, a literatura deve ser apreciada pelo prazer que proporciona ao público, e os livros devem ser avaliados pelo tipo de impacto que geram durante a leitura.